“Cartier Design: A Living Legacy” em exibição no Museu Jumex, na Cidade do México, reúne peças históricas da maison francesa que contam a sua história, em paralelo com a cultura latina.

 

“A ideia é retornar às origens da criação”, assumiu a curadora Ana Elena Mallet antes da abertura oficial da exposição “Cartier Design: A Living Legacy”. Especializada em design contemporâneo, a especialista foi quem, nos últimos dois anos, entrou nos cofres da Cartier Collection, para explorar, nas suas colecções privadas, jóias e ornamentos produzidos desde a fundação em 1847.

No Museu Jumex, no capital do México, desde 15 de Março, destacam-se 160 peças que traçam o percurso histórico da maison, além de fazer um paralelo com a cultura latina, tornando a mostra mais envolvente.

Vinte e quatro anos depois, esta é a segunda vez que o espólio da Cartier se mostra no México, agora também em tributo à actriz María Félix, a grande diva do cinema mexicano dos anos 1940 e 1950 que era cliente fiel da casa de luxo francesa, que lhe servia um atendimento personalizado, com direito ao desenvolvimento de jóias exclusivas.

“Cartier Design: A Living Legacy” divide-se em cinco núcleos temáticos: “Os primeiros anos e o nascimento de um estilo”, “Curiosidade Universal”, “O Gosto de Jeanne Toussaint”, “Medindo o tempo e vestindo beleza” e “María Félix e os Ícones da Elegância”. Jeanne Toussaint tem especial destaque narrativo por ter sido a primeira mulher directora criativa da marca em 1933, trazendo a visão de Louis Cartier para uma sociedade em constante evolução. Nota ainda para os códigos e estilos como a pantera e o estilo guirlanda, assim como motivos inspirados em diferentes culturas do mundo, como o Egipto Antigo, a Índia, a Ásia e o Oriente Médio.

A Cartier Collection iniciou-se há quase 50 anos, com a recuperação de criações, sendo oficialmente apresentada em 1983 com uma selecção de mais de três mil peças e que remontam à década de 1850 e até ao século XXI. Testemunhos de uma história brilhante e de contextos culturais que inspiraram a colecção vista antes em museus como o National Art Center em Tóquio, o Grand Palais em Paris, o Design Museum em Londres e o Dallas Museum of Art, por diferentes públicos.

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