Coco Chanel nunca chegou a visitar a terra dos czares, mas o love affair fugaz que manteve com o grão-duque Dmitri Pavlovich – primo do czar Nicolau II que viveu no exílio em França - bem como a convivência com a comunidade russa de Pari e as amizades que manteve com intelectuais e artistas russos de elitedo início do século XX tornaram-na numa conhecedora e admiradora dacultura do país.O percurso profissional da estilista não foi, tão pouco, alheio aosencantos danação euroasiática.A começar pela escolha do perfumista da corte dos Czares, ErnestBeaux, para criar o famoso perfume Chanel N.º 5, passando pelos tradicionaisbordados russos. Oestilo marcou, à época, várias peças assinadas por Coco como marca, também, na actualidade, a colecção "Le Paris Russe de Chanel". Trata-se de uma exuberante linha de alta joalharia, criada pelo director do estúdio de design de jóias da Chanel, Patrice Leguéreau, composta por mais de 60 peças inspiradas no artesanato, nas obras-de-arte e nos símbolos russos.Anéis, pulseiras, colares, brincos, broches, relógios e enfeites de cabeloapresentam-se cravejados de diamantes e com pérolas,mas não faltam,igualmente,propostas com safiras azuis ou cor-de-rosa, mandarinas ou granadas de tsavorita, retratando uma profícua história de amor. Símbolo da Rússia Imperial, a águia de duas cabeças também é evocada nacolecção juntamente com as peculiaridades das tradicionais camisas “roubachka” bordadas. O ouro branco e amarelo são uma constante numa alusão ao caule de trigo, um tema russo simbólico que dá ainda mais brilho a uma colecção tão esplendorosa como simbolicamente valiosa.

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